Com querosene de aviação em alta, associação de empresas faz pedidos para o novo governo – Revista Asas
Com querosene de aviação em alta, associação de empresas faz pedidos para o novo governo
14 de dezembro de 2022 07:073 minutos de leitura Foto: Tony Winston – Agência Brasília
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O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, participou de reunião do Grupo Técnico de Infraestrutura da equipe de transição de governo. A associação apresentou um diagnóstico da situação atual da aviação comercial brasileira e a agenda do setor aéreo para os próximos anos.
O encontro aconteceu na sede da Confederação Nacional do Transportes (CNT), em Brasília, no último dia 7. A ABEAR atualmente representa Gol, Latam, Sideral, Rima, Voepass, Latam Cargo, Boeing e Abaeté Aviação.
O foco da reunuião foi a agenda para 2023, que contempla redução de custos, estímulo à demanda e compromissos de sustentabilidade e eficiência. Foram tratadas, ainda, a contribuição da aviação para a economia brasileira, a importância da liberdade tarifária para o setor aéreo e o impacto dos custos no desempenho das empresas aéreas, especialmente por conta da pandemia. “Apesar da alta dos custos estruturais, as associadas ABEAR comprovam sua resiliência e eficiência ao ampliarem em 12,6% a malha aérea de voos domésticos para a alta temporada de 2022/2023”, garante Eduardo Sanovicz.
Preço do querosene de aviação
A ABEAR atualmente comemora a retomada dos números da aviação brasileira enquanto expõe a sua insatisfação sobre os custos do querosene de aviação. ““Defendemos a revisão da política de precificação do QAV para que possamos retomar o crescimento da aviação comercial brasileira e seguirmos competitivos nos mercados doméstico e internacional”, afirma o presidente da ABEAR. Ao longo dos anos do atual governo, a entidade alertou repetida vezes para o tema.
De acordo com a associação, o preço do querosene de aviação (QAV) na bomba no Brasil é 32,3% mais caro do que nos Estados Unidos. Além disso, os preços do combustível da aviação cobrados pelas refinarias nacionais são 5,1% superiores do que no país norte-americano, o maior mercado doméstico do mundo e referência mundial no setor de aviação. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), Environmental Impact Assessment (EIA – entidade da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea), e Bureau of Transportation Statistics (BTS).
A ABEAR destaca que a alta acumulada no preço do combustível de 1º de janeiro a 1º de dezembro é de 49,6%, segundo dados da Petrobras. E vale enfatizar que só o QAV responde por cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea, além disso, o combustível é precificado como se fosse importado, sendo que mais de 90% desse insumo é produzido no país.
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