Funjope garante acessibilidade ao público durante espetáculo da Paixão de Cristo
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), além de promover o emocionante espetáculo ‘Paixão de Cristo – Divino Redentor’, no adro do Centro Cultural São Francisco, garantiu área de acessibilidade para cadeirantes, pessoas com dificuldade de locomoção e idosos. Além disso, disponibilizou tradutores de Libras durante toda a encenação. Na noite desta sexta-feira (18), foram duas sessões, ambas com o espaço lotado. Neste sábado (19), acontece a última apresentação, a partir das 19h.
“É uma alegria renovada a cada sessão que nós montamos para esse espetáculo da Paixão de Cristo. Nós temos um conjunto grande de atores, de atrizes, de profissionais da música, da dança, técnicos de teatro, todos envolvidos, além da equipe da Funjope. Consolidamos aqui, no adro do Museu de São Francisco, um ambiente simbólico, forte e muito propício para grandes espetáculos de massa como a Paixão de Cristo”, declara o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele afirma que essa é a marca da gestão da Funjope, sob o governo do prefeito Cícero Lucena, que tem estimulado muito a Fundação a promover esse tipo de espetáculo, que valoriza a diversidade da cultura.
“A Paixão de Cristo é um momento de renovação da fé, da esperança. Nós vemos isso nos olhos das pessoas que ficam emocionadas diante do espetáculo e da capacidade criativa dos atores e das atrizes”, acrescenta o diretor.
Everaldo Vasconcelos, diretor geral da peça, destacou que cada encenação é única e a emoção sempre bate à porta. “Na primeira noite, foi uma apresentação maravilhosa, e a estreia é sempre mais tensa que as outras. Hoje a emoção continua a mesma da primeira noite. Sempre há aquele gostinho da primeira vez porque o teatro é efêmero e a cada dia se renova”, destacou.
O diretor geral do Centro Cultural São Francisco, padre Marcondes Meneses, afirmou que a Paixão de Cristo realizada no local é de suma importância porque traz cultura e arte, aliada à fé. “Nesse tempo de Semana Santa e feriado, toda a cidade é movimentada. Os moradores, turistas, muitas pessoas estão vindo, e nós ficamos muito felizes com essa oportunidade de, cada vez mais, o público ter respondido. Eu gosto muito quando o Centro Cultural é esse braço da cultura para a sociedade, e o espaço é do povo, das instituições. Eventos como esse e outros que fazemos junto com a Prefeitura, só vêm fazer com que a gente engrandeça a cidade e as instituições ganhem com isso”, avaliou.
O evento contou ainda com a presença do deputado federal Mersinho Lucena, que foi prestigiar a segunda noite de apresentações da Paixão de Cristo 2025.
Acessibilidade – O analista de sistemas Kleyton da Silva Nascimento é cadeirante e elogiou o fato de contar com um lugar adequado para ver a apresentação. “É muito importante ter essa área de acessibilidade e a Funjope sempre pensa na gente em seus eventos. Por isso, estou sempre prestigiando. Venho porque sei que tenho um lugar garantido para assistir. É muito tranquilo, com conforto, uma visão bacana. Além disso, é um espetáculo muito bom para nós, que somos mais velhos, mas para as crianças também, uma história que passa de geração para geração”, observou.
Aos 63 anos, a dona de casa Iraneide Maria da Silva Nascimento, agradeceu por contar com um espaço exclusivo. “Sou idosa e não conseguiria assistir em pé. Preferia ir para casa. Mas, aqui estou sentadinha, dá para ver o espetáculo muito bem. Eu sempre venho preparada para me emocionar ao ver a história de Jesus sendo contada. Como boa católica, estou no lugar certo”, disse.
O aposentado Manoel da Cunha, de 65 anos, também aprovou a área de acessibilidade. “Para quem é idoso é importante ter esse lugarzinho. O joelho dói e ficar em pé é um sofrimento. Aqui deu tudo certo. Eu gosto muito de assistir ao espetáculo, ver a história de Jesus, principalmente quando tem um espaço como esse para a gente”, comentou.
Libras – Todo o espetáculo da Paixão de Cristo foi narrado em Libras, garantindo que o público surdo compreenda as falas dos atores e o desenrolar da história. Na noite desta sexta-feira, o trabalho ficou sob a responsabilidade dos intérpretes Kássia Dayenne Lima da Silva e Alisson Rufino.
“É muito importante esse trabalho para garantir acessibilidade. Muitos surdos deixam de ter acesso à cultura por falta de acessibilidade em Libras. A Prefeitura proporcionando esse tipo de trabalho para que eles tenham acesso e participem é fundamental. Eu me sinto muito feliz em poder proporcionar Libras para o público surdo, que é muito grande. Nós vemos que assim eles podem se emocionar junto com a gente. É maravilhoso”, afirmou Kássia.
Alisson concorda que é valioso para o surdo contar com a disponibilidade de um intérprete. “O mais importante para nós é ajudar a garantir a acessibilidade da comunidade surda. Esse é um meio que eles têm de assistir ao espetáculo de teatro com acessibilidade, graças à Prefeitura que nos trouxe para dar nossa contribuição”, destacou.
Público – Quem foi ao adro do Centro Cultural São Francisco na noite desta sexta-feira ficou emocionado ao ver o espetáculo. Um deles foi o motorista de aplicativo Geraldo Aguiar. “É muito importante trazer apresentações como essa para o público, ao ar livre, gratuita, com atores nacionais para a gente ver de perto. É muito gostoso de se ver. Vim em outros anos e é sempre muito emocionante”, pontuou.
A analista judiciária Adriana Grego parabenizou a Prefeitura e a Funjope. “Acho uma iniciativa louvável realizar esse espetáculo, que é um incentivo à cultura, ao turismo, tudo gratuito. Está bem organizado, tem cadeiras, está muito bacana e estou gostando bastante. Além disso, muita gente não tem a oportunidade de ir ao teatro e aqui, além de ver a peça num lugar histórico da cidade, ainda vê os artistas nacionais”.
“Eu acho muito bom vir ao espetáculo. Gostei muito, é bem feito”, observou o estofador José Fernando Oliveira Machado. “É um espetáculo maravilhoso. A cultura é importante e é muito emocionante vivenciar esse momento. Muito bom”, emendou a comerciante Tatiana Gomes Duarte.
Este ano, o espetáculo reúne 40 atores e atrizes no palco e conta com a participação da Companhia Municipal de Dança de João Pessoa e de 42 integrantes do Grupo Kairós, da Escola Municipal Padre Pedro Serrão.