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Governo de MS fomenta diversificação da produção local e atrai investimento de citricultura ao Estado

A política de diversificação da base produtiva de Mato Grosso do Sul, implementada pelo Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), já apresenta resultados. Na última semana, em reunião com o governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o Grupo Cutrale anunciou investimento de R$ 500 milhões no plantio de 5 mil hectares de laranja no Estado.

O local que deve receber tal investimento é a Fazenda Aracoara, propriedade localizada às margens da rodovia BR-060, em área limítrofe entre Sidrolândia com Campo Grande. De acordo com a Cutrale, conglomerado de empresas que lidera as exportações brasileiras de laranja, a área será toda irrigada e contará com o plantio de cerca de 1.730 milhão de pés de laranja.

A previsão é de que o projeto é alcance com o tempo, num raio de 150 km da propriedade, 30 mil hectares plantados. Isso deve garantir o nível de produção que viabilizaria a instalação de uma futura indústria de processamento da laranja em suco em Mato Grosso do Sul – hoje o setor se concentra em São Paulo, e o território sul-mato-grossense surge como uma boa alternativa.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, a diversificação da base produtiva sul-mato-grossense é uma política estratégica de desenvolvimento implementada pelo Governo do Estado.

“Nós iniciamos com o amendoim. Há três anos, nós impulsionamos o processo de introdução do amendoim em nosso Estado e, hoje, já temos cerca de 8 mil hectares plantados. Trouxemos a Casul, cooperativa de São Paulo, que está se instalando no município de Bataguassu para fazer o processamento do amendoim. A própria Casul está trabalhando junto aos produtores da Costa Leste do Estado e adjacências”, lembrou.

No caso da laranja, o Governo do Estado identificou uma oportunidade. Com o avanço e crescimento da doença greening em São Paulo e no Paraná, estima-se uma diminuição nos pomares desses dois estados.

“Identificamos que existia essa oportunidade de que essa laranja pudesse ser produzida em Mato Grosso do Sul, exatamente em função do greening. Nosso trabalho começou com um decreto de defesa vegetal, para evitar que essa doença entrasse em nosso Estado e isso já está bastante avançado. Nos próximos meses, vamos assinar um termo de acordo com a Fundecitrus, para desenvolver a cadeia produtiva da laranja em Mato Grosso do Sul”, comentou o titular da Semadesc.

Em paralelo a essas ações, o Governo do Estado iniciou contato com os investidores de São Paulo, na área da laranja, para que aproveitem essa oportunidade e se instalem em Mato Grosso do Sul.

“A Cutrale já havia iniciado, há cerca de dois anos, o plantio de 145 hectares de laranja em uma propriedade rural em Sidrolândia, a fim de verificar como seria o comportamento das variedades. Agora, a previsão é de que lancemos, ainda em abril, o nosso estadual de fruticultura, com um plano de ação específico para a citricultura”, informou Jaime Verruck.

O secretário reforça que o anúncio da Cutrale “foi importantíssimo, porque nós fechamos há poucas semanas um projeto de 1 mil hectares de laranja irrigada no município de Paranaíba e temos outro iniciando em Santa Rita do Pardo. Nesse momento, nós temos a sinalização de praticamente 6,5 mil hectares de laranja plantada em Mato Grosso do Sul, em sistema irrigado. E agora, a laranja está vindo em cima de uma plataforma de defesa vegetal que estamos implantando, a fim de evitar que a gente tenha o greening em Mato Grosso do Sul”.

Além da questão da defesa vegetal, o secretário Jaime Verruck lembra que “a citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Por isso, colocamos os projetos de implantação de sistemas de irrigação como prioridade nas linhas de financiamento do FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste). Também temos um desafio com relação à disponibilização de energia elétrica e, nessa questão, estamos trabalhando junto à Energisa”.

Marcelo Armôa, Comunicação Semadesc

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