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Rodas de capoeira e aulas de forró: Unicamp recepciona 135 estudantes estrangeiros





Alunos deverão permanecer na universidade de 6 meses a 4 anos; são 65 intercambistas de graduação e 70 alunos regulares de pós-graduação



O cronograma de recepção se estende até o dia 27 com várias atividades acadêmicas e culturais

A Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) da Unicamp iniciou nesta semana o programa de recepção a um grupo de 135 novos alunos estrangeiros, que deverão permanecer na universidade de 6 meses a 4 anos.

O grupo é composto por 65 estudantes intercambistas de graduação, que farão disciplinas isoladas em diferentes unidades de ensino e pesquisa da universidade, e 70 alunos regulares de pós-graduação.

O cronograma de recepção — que se estende até o dia 27 — inclui oficinas e mesas para orientação sobre o funcionamento dos órgãos administrativos e informações acadêmicas, além de um tour pelo campus. Haverá, ainda, interação com colegas por meio de atrações culturais, como rodas de capoeira e aulas livres de forró, organizadas pelo Unicamp Internacional (Uniin) — um grupo de alunos voluntários que tem como missão oferecer apoio aos colegas estrangeiros.

“É, de fato, um enorme prazer acolher vocês aqui em nossa universidade”, disse o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles. “Tenho a impressão de que a universidade poderá transformá-los, mas podem ter certeza de que vocês também transformarão a universidade”, acrescentou.

Meirelles lembrou que já esteve na condição de estudante estrangeiro (ele passou três anos na Alemanha) e que, por isso, conhece as dificuldades de conviver com uma cultura diferente. Mas garantiu que a Unicamp montou uma estrutura a fim de reduzir ao máximo o impacto negativo de uma mudança.

“O brasileiro costuma ser caloroso”, garantiu. “Então, espero que vocês tenham essa experiência de acolhimento e que, ao final da passagem pela Universidade, vocês se sintam um pouco brasileiros”, afirmou o reitor. Meirelles lembrou ainda que um dos desafios da Administração Central é impulsionar ainda mais os programas de internacionalização da universidade.

Estudantes de 25 países

Os estudantes são provenientes de 25 países. A maioria — cerca de 40% do total — é da América Latina, como a mexicana Marcela Orosco, que está iniciando seu doutorado na Unicamp. Graduada na Universidade Autônoma do México, Orosco irá estudar o impacto do Corredor Carajás/São Luís no transporte de minério de ferro, na vida de ribeirinhos e de comunidades indígenas da região do Norte e Nordeste do país.

O peruano Alexander Puma está começando seu mestrado na área de Ciência da Computação. “Conversando com um amigo meu, ele me disse: se quer Ciência da Computação, você tem de ir para a Unicamp”, contou.

“Vocês estão numa universidade reconhecida no Brasil e na América Latina”, disse o diretor da Deri, Osvaldir Pereira Taranto.

A Coordenadora de Mobilidade da Deri, Ana Paula Fontana, disse que, além da cerimônia de acolhimento, haverá sessões de orientação para esclarecimento de dúvidas, com plantões de auxílio instalados no Ciclo Básico II. Esses plantões ocorrerão entre os dias 22 e 26 de fevereiro.

O peruano Alexander Puma e a mexicana Marcela Orosco: 40% do total dos estudantes estrangeiros são da América Latina

Segundo ela, haverá ainda sessões de orientação sobre matrícula; funcionamento de restaurantes, documentação para estrangeiros no Brasil exigidas pela Polícia Federal, além de eventos de integração e acolhimento.

Participaram da cerimônia de recepção dos alunos estrangeiros os professores Elias Basile e Flávio Luis Schmidt, representando, respectivamente, a pró-reitora de pós-graduação, professora Rachel Meneguello, e o pró-reitor de graduação, professor Ivan Toro.

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